O dia da consciência negra
O dia 20 de novembro foi estabelecido como o dia da consciência negra para coincidir com a data da morte de Zumbi dos Palmares, um dos líderes da resistência quilombola e símbolo da luta em prol da liberdade do povo negro.
Contudo, não se trata apenas de uma homenagem, tampouco, de mais um feriado, a implementação da data veio com o intuito fundamental de fomentar discussões sobre a posição social do negro no Brasil trazendo uma reflexão sobre a diáspora africana, a abolição da escravidão e o cenário atual de desigualdade.
A Lei 10.639/2003 não se restringiu a instituir uma data para conscientização, sobretudo ela tornou obrigatório o ensino sobre a história e a cultura africana e afro-brasileira e em todas as escolas a fim que estas sejam de fato instrumentos de educação, ressignificação e de combate às práticas racista e discriminatórias.
Embora, as mulheres negras alcancem a maioria demográfica, analisando por uma ótica intersecccional, ainda perseveram práticas de paridade e violência em razão do gênero aliadas à exclusão e inferiorização da população negra.
É imprescindível que promovamos a valorização da cultura negra e sejam questionadas todas as desigualdade no tratamento e na concepção do que é ser mulher, pois, a consciência humana pela qual muitos clamam só sobrevirá através da educação, implementação de ações afirmativas efetivas e a adoção de uma postura antirracista, antimachista e antidiscriminatória.
Comissão da Mulher Advogada
Texto: Denise Monteiro – Vice- Presidente da Comissão